quarta-feira, 21 de maio de 2025

Atualizando o Zabbix 4 para o Zabbix 5 no CentOS 7

Publicado por Sysadmin Urbano | Infraestrutura, SysOps e DevOps

Um guia prático para quem vive na linha de frente da operação de sistemas.

Atualizando o Zabbix 4 para o Zabbix 5 no CentOS 7

Guia completo para atualizar o Zabbix de forma segura no CentOS 7, incluindo configuração posterior de autenticação LDAP via AD sem acesso à interface web.

🚧 Passo 0: Verifique pré-requisitos

  • Sistema: CentOS 7
  • Zabbix atual: 4.x
  • Banco: MariaDB/MySQL
  • Backup completo

📅 1. Backup completo

mysqldump -u root -p zabbix > /root/zabbix_backup.sql

❌ 2. Remova o repositório antigo

yum remove zabbix-release -y

📂 3. Adicione o repositório do Zabbix 5

rpm -Uvh https://repo.zabbix.com/zabbix/5.0/rhel/7/x86_64/zabbix-release-5.0-1.el7.noarch.rpm
yum clean all

↑ 4. Atualize os pacotes Zabbix

yum install --enablerepo=zabbix
  zabbix-server-mysql
  zabbix-web-mysql
  zabbix-agent
  zabbix-apache-conf -y

⚙️ 5. Atualização do schema

systemctl start zabbix-server
tail -f /var/log/zabbix/zabbix_server.log

⏰ 6. Ajuste o timezone do PHP

nano /etc/httpd/conf.d/zabbix.conf

Adicione ou edite a linha:

php_value date.timezone America/Sao_Paulo

▶️ 7. Reinicie os serviços

systemctl restart zabbix-server zabbix-agent httpd
systemctl enable zabbix-server zabbix-agent httpd

🔍 8. Configure autenticação LDAP via banco

mysql -u root -p zabbix

Atualize o tipo de autenticação:

UPDATE config SET authentication_type = 2 WHERE configid = 1;

Configure os parâmetros do LDAP:

UPDATE config SET
  ldap_host = 'ldap://AD.DOMINIO.LOCAL',
  ldap_port = 389,
  ldap_base_dn = 'DC=dominio,DC=local',
  ldap_bind_dn = 'CN=zabbix_bind,CN=Users,DC=dominio,DC=local',
  ldap_bind_password = 'SENHA',
  ldap_search_attribute = 'sAMAccountName',
  ldap_case_sensitive = 0
WHERE configid = 1;

🔑 9. Criar usuário LDAP no banco

INSERT INTO users (alias, name, surname, passwd, autologin, autologout, lang, refresh, rows_per_page, theme, attempt_failed, attempt_ip, attempt_clock, rows_per_page_mobile, auth_type, type)
VALUES ('usuario_ldap', 'Nome', 'Sobrenome', '', 1, 900, 'en_GB', 30, 50, 'default', 0, '', 0, 10, 2, 1);

🔸 10. Adicionar o usuário a um grupo

Verifique o ID do grupo:

SELECT usrgrpid, name FROM usrgrp;

Adicione o usuário:

INSERT INTO users_groups (usrid, usrgrpid) VALUES (ID_DO_USUARIO, ID_DO_GRUPO);

🚫 11. Resetar senha do Admin (local)

Gere o hash da senha temporária:

echo -n 'NovaSenha123!' | md5sum

Atualize o campo passwd do Admin:

UPDATE users SET passwd = 'HASH_MD5', attempt_failed = 0, attempt_ip = '', attempt_clock = 0 WHERE alias = 'Admin';

Sobre o Sysadmin Urbano

O Sysadmin Urbano nasceu da vivência real no front das operações de infraestrutura moderna. Aqui falamos de servidores, containers, automação, boas práticas e também dos desafios invisíveis da rotina de quem mantém sistemas vivos. Sem fórmulas mágicas, sem tutoriais pela metade — apenas conteúdo prático, direto e feito para quem sabe que a TI é tanto técnica quanto sobrevivência.

🔗 Confira mais artigos ou volte para a página inicial.

Gostou deste conteúdo?

Siga o Sysadmin Urbano para mais artigos técnicos sobre Infraestrutura, SysOps e DevOps.

Voltar para a página inicial

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Boas práticas para uso de Alias em DNS (e armadilhas a evitar) | Sysadmin Urbano 2025

Publicado por Sysadmin Urbano | Infraestrutura, SysOps e DevOps

Um guia prático para quem vive na linha de frente da operação de sistemas.

Representação gráfica de domínios interligados no DNS, com cubos luminosos conectados por linhas em um fundo tecnológico escuro

Boas práticas para uso de Alias em DNS (e armadilhas a evitar)

Alias em DNS — normalmente implementados via registros CNAME — são ferramentas extremamente úteis para a gestão de domínios e subdomínios. No entanto, seu uso inadequado pode gerar atrasos, falhas de resolução e até vulnerabilidades operacionais.

Neste artigo, vamos falar sobre boas práticas no uso de alias em DNS e, tão importante quanto, sobre o que **não** se deve fazer.

1. Entendendo o que é um Alias no DNS

Um alias, geralmente configurado como um registro do tipo CNAME, é uma maneira de dizer: "este nome de domínio é apenas um apelido para outro nome existente".

Exemplo típico:

app.example.com → www.example.com

O objetivo é simplificar a manutenção de domínios. Atualizando o destino do CNAME, todos os aliases apontam corretamente sem precisar alterar múltiplos registros A.

2. Quando usar um Alias é uma boa ideia

  • 🔹 Para subdomínios que dependem de serviços externos (ex: plataformas SaaS, clouds públicas).
  • 🔹 Para criar "atalhos" internos em ambientes complexos de múltiplos servidores.
  • 🔹 Para abstrair o endereço real de serviços que podem mudar de IP frequentemente.

Ao usar alias estrategicamente, você reduz erros operacionais e torna a gestão de DNS mais sustentável a longo prazo.

3. O que NÃO fazer com Alias em DNS

  • ⚠️ Não use CNAME no domínio raiz (example.com) — a maioria dos provedores e a RFC 1034 desencorajam isso.
  • ⚠️ Não empilhe CNAMEs em sequência longa (chaining) — cada salto aumenta a latência de resolução DNS.
  • ⚠️ Não aponte para domínios instáveis ou temporários — se o destino cair, seu alias também falha.
  • ⚠️ Não use CNAME para serviços críticos internos — preferir IPs fixos ou registros A/AAAA diretos.

Aliases mal utilizados podem tornar seus sistemas vulneráveis a falhas de terceiros, gerar lentidão e aumentar a complexidade desnecessariamente.

4. Alternativas e soluções modernas

Hoje, alguns provedores oferecem registros do tipo "ALIAS" ou "ANAME", que permitem comportamento similar a CNAME no domínio raiz. Vale verificar se sua infraestrutura suporta.

Além disso, integrar DNS dinâmico (DDNS) para IPs variáveis ou usar balanceadores de carga com registros A pode ser mais eficiente em alguns cenários.

Conclusão

Alias em DNS são aliados poderosos — mas precisam ser usados com inteligência.

Evite cadeias de CNAMEs, proteja o domínio raiz e avalie o impacto de dependências externas antes de definir um alias. Boas práticas simples podem salvar horas de troubleshooting e garantir maior estabilidade para seus ambientes.

Sobre o Sysadmin Urbano

O Sysadmin Urbano nasceu da vivência real no front das operações de infraestrutura moderna. Aqui falamos de servidores, containers, automação, boas práticas e também dos desafios invisíveis da rotina de quem mantém sistemas vivos. Sem fórmulas mágicas, sem tutoriais pela metade — apenas conteúdo prático, direto e feito para quem sabe que a TI é tanto técnica quanto sobrevivência.

🔗 Confira mais artigos ou volte para a página inicial.

Gostou deste conteúdo?

Siga o Sysadmin Urbano para mais artigos técnicos sobre Infraestrutura, SysOps e DevOps.

Voltar para a página inicial

quinta-feira, 1 de maio de 2025

O que é DevOps de verdade (e o que não é) – Guia Sysadmin Urbano 2025

Representação simbólica de DevOps: mãos conectando servidores em ambiente tecnológico escuro

Publicado por Sysadmin Urbano | Infraestrutura, SysOps e DevOps

Um guia prático para quem vive na linha de frente da operação de sistemas.

O que é DevOps de verdade (e o que não é)

DevOps é, provavelmente, uma das palavras mais mal interpretadas da TI moderna. Entre slogans de marketing e confusões internas, a essência de DevOps muitas vezes se perde.

Hoje, vamos esclarecer o que DevOps realmente significa — e, tão importante quanto, o que ele definitivamente não é.

1. DevOps é Cultura, Não Cargo

DevOps é um conjunto de práticas que une desenvolvimento e operações, com o objetivo de acelerar entregas de software de forma segura e confiável. Ele é, antes de tudo, uma mudança de mentalidade organizacional.

DevOps não é um "cargo de DevOps Engineer" que trabalha isoladamente. Se apenas uma pessoa carrega o "peso do DevOps", a empresa não entendeu o conceito. DevOps é **cultura compartilhada** — times inteiros operando com responsabilidade mútua pelo ciclo de vida das aplicações.

2. DevOps Não é Ferramenta

Ferramentas são parte da implementação de práticas DevOps — mas elas, por si só, **não são DevOps**.

Jenkins, Kubernetes, Terraform, GitLab CI — todas são ferramentas que ajudam a praticar automação, integração contínua e entrega contínua. Porém, adotar essas tecnologias sem mudanças de processo, comunicação e mentalidade é apenas modernizar o caos.

3. DevOps é Comunicação Eficiente

Se um pipeline automatizado gera uma falha, mas ninguém da equipe de desenvolvimento e operações conversa sobre isso, o DevOps morreu ali.

Comunicação aberta, rápida e objetiva entre times é a fundação para que o ciclo DevOps realmente funcione: planejar, construir, testar, lançar, operar, monitorar e aprender continuamente.

4. DevOps Exige Confiança Mútua

Uma organização que pune experimentação e erro não está pronta para DevOps. Cultura de confiança significa permitir que times falhem rapidamente, aprendam rapidamente e melhorem continuamente sem medo de retaliação.

Quando um sysadmin não confia nos testes automatizados, ou quando o desenvolvedor não confia no time de operações, o ciclo quebra.

5. DevOps Não Substitui o SysOps

Outro mito comum: "Com DevOps, não precisamos mais de times de operações." Errado.

DevOps aumenta a colaboração, mas a necessidade de especialistas em infraestrutura, segurança, redes e sistemas operacionais **não desaparece** — apenas muda de formato.

Infraestrutura continua sendo a base invisível que sustenta o delivery de software. Sem uma base sólida, a automação não salva ninguém.

Conclusão

DevOps não é mágica. Não é apenas ferramenta. Não é título de LinkedIn.

DevOps é prática contínua, é cultura de responsabilidade conjunta, é automação com propósito, é comunicação real entre pessoas técnicas.

Se você quer "fazer DevOps", comece mudando como seus times colaboram — antes de sair instalando novas ferramentas.

DevOps de verdade é humano, difícil, mas profundamente transformador.

Sobre o Sysadmin Urbano

O Sysadmin Urbano nasceu da vivência real no front das operações de infraestrutura moderna. Aqui falamos de servidores, containers, automação, boas práticas e também dos desafios invisíveis da rotina de quem mantém sistemas vivos. Sem fórmulas mágicas, sem tutoriais pela metade — apenas conteúdo prático, direto e feito para quem sabe que a TI é tanto técnica quanto sobrevivência.

🔗 Confira mais artigos ou volte para a página inicial.

Gostou deste conteúdo?

Siga o Sysadmin Urbano para mais artigos técnicos sobre Infraestrutura, SysOps e DevOps.

Voltar para a página inicial